sábado, janeiro 23, 2010

23353

Não faço destes sonhos; ideais
Apenas não consigo me calar
Querendo da verdade sempre o mais,
Negando o sortilégio de um altar

Expresso a solidão de um mero cais
E nele esta vontade de voltar
Os ventos transformados, temporais,
Quem sabe novamente navegar,

E ter esta certeza que me move,
Por mais que a parceria seja nobre
Não tendo quem comigo me desdobre

Estrofe pós estrofe me comove,
Mas nada se compara ao meu retrato
Desnudo em cada verso, o nó desato...