domingo, janeiro 24, 2010

23420

Minha alma a pó e pedra reduzida
Depois de ter vencido os descaminhos,
Aonde se quiseram simples ninhos,
A morte destroçando o que era vida.
Perguntas sem respostas, já perdida
A sorte que em momentos de carinhos
Negara ao caminheiro tais espinhos,
Mas sei que na verdade não se olvida
O canto distorcido em que dizias,
Dos fogos de artifício de alegrias
Imorredouro sonho; agora morto.
Não tendo mais descanso sigo só,
O amor se reduzindo à pedra e pó
O barco procurando ainda um porto...