segunda-feira, janeiro 25, 2010

23514

O olhar no alvorecer em paz se lança
Carrego esta ilusão que me sustenta
A vida sendo qual grande tormenta
Sonega ao navegante a temperança.
E quando este futuro em dor me alcança
Nem mesmo a poesia me apascenta
O sonho que a verdade violenta
Talvez me prometesse uma mudança.
Mas como acreditar se sigo só,
Atado com a sorte em frágil nó,
O medo dominando o dia a dia.
Amar sem ser amado? Que me vale,
Pois antes que este brado vão se cale,
Mergulho o meu viver na fantasia...