quinta-feira, janeiro 28, 2010

23707

Procuro nas ruínas velhas tralhas
E teimo em me fazer inda poeta
A vida que na vida se completa
Não sabe do terror de tais navalhas.
Apenas no silêncio em que trabalhas
Encontro a fantasia como meta,
Mas sei que a realidade é fria seta
Trazendo ao sonhador, restos, migalhas.
E o pântano aonde se fez pura
A imagem devastada da cultura
Apodrecendo em gozos segue hedônica.
Mecânicas sombrias ditam normas
E quando mal percebe; tu deformas
Fazendo do vazio, eterna tônica...