sexta-feira, janeiro 29, 2010

23800

Ouvindo a voz do vento nos umbrais
Clamando como fosse alguém em dor,
Num rito muitas vezes qual louvor
A sorte se mostrando: nunca mais...

Pudesse mergulhar pelos astrais
Tivesse esta altivez; feito condor
Abrisse esta janela ao bem do amor,
Quem sabe neste instante dos venais

E parcos descaminhos, lenitivo
Mantendo ainda o sonho, sobrevivo
E teimo contras as forças da Natura.

Aonde poderia crer possível
O encanto que deveras sendo crível
Eterna e docemente se procura...