sábado, janeiro 30, 2010

23841

Num beco sem saída me trumbico
E quebro a minha cara todo dia,
Quem faz dos seus remendos poesia
Não atingindo nunca mais o pico.
Não quero mais saber se vou ou fico
Apenas o que a sorte me diria
Mergulho o meu cantar na fantasia
E quanto mais cutuco me complico.
O berço outro esplêndido adormece
E o quadro que a verdade ainda tece
Demonstrando o vazio que virá.
Não sei o que deveras eu pretendo,
Mas quando sem saída; vou bebendo
A sorte que se molda desde já...