sábado, janeiro 30, 2010

23855

O quanto penso em crer num dia temerário
Exposto a mais cruel, terrível esperança
Que enquanto nos sacia, embalde não avança
Pudesse ter amor ainda em vida. Prepare-o.

E a sorte talvez mostre aonde eu quis sacrário
Sem medos nem engodo, a mão da temperança
Mudando a direção do dia já me alcança
E traz em alegria o amor tão necessário.

Pudesse ser real a doce fantasia
Que transforme em perdão a dor que tanto urgia
Medonho temporal; meu barco num naufrágio.

Porém o amor cobrando imensidade em ágio
Não deixa que se creia em luzes e perdão,
Matando o que pensara ainda: salvação...