segunda-feira, fevereiro 01, 2010

23958

A secular batalha aonde a dor só vence
E o medo que se espalha expondo a nossa face
Ainda quando o tempo, atroz avance e passe
Não vendo solução não há quem se convence

Do quão vazia, vida, enquanto a morte adense
E mesmo após a noite o dia ainda trace
O fim que se aproxima e neste torpe impasse,
O coração cigano de um tolo muriaense

Aguarda alguma nova, uma esperança apenas,
Herética loucura; assim tu concatenas
E ris do meu tormento, exposto em verso e lida.

Pois na célula-tronco, a sorte se refaz
De um belo amanhecer talvez seja capaz,
Porém o que fazer, se a Igreja é contra a vida?