segunda-feira, fevereiro 01, 2010

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Das larvas e do medo, apenas a crisálida.
Esboço do futuro, amarga realidade
Aonde quer que eu vá o atual invade
E a morte do passado, expressa em cor tão pálida

Tornando o que vivera uma figura inválida.
Internético gozo ainda que me agrade
Telegrafo descarto? Ou mato esta saudade,
Apenas tão somente, imagem morta e cálida.

Usando o que bem sei; o alexandrino verso,
Exponho-me decerto e sei que velhas feras
Medonha criatura além do quanto esperas

Serpente em pleno bote, atocaiada aguarda
Um velho usando fraque; um tosco caminheiro,
Desta imagem puída eu fujo e já me esgueiro,
Não uso no soneto, amarrotada farda...