segunda-feira, fevereiro 01, 2010

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A tônica que rege o império do gozo,
Botecos de cristãos, um lupanar católico,
A sorte no vazio, um tempo parabólico
Estampa esta quimera, o mundo é fabuloso...

Nas coxas da morena, o jeito prazeroso
Palavra se perdeu, destino assim, eólico
Aonde se pensara haver algo bucólico
Erótica figura em ar tão desastroso.

Ultrapassado e velho? Ou eu, ou este mundo
No qual a cada instante, eu bebo e me aprofundo
Realidade arcaica, aos tolos sempre engana,

O que se vive agora, um erro milenar
A Dionísio erguido, em cada esquina, altar
Retrato mais fiel, do fim da era romana...