terça-feira, fevereiro 02, 2010

24059

Sou plâncton, sou tão ínfimo poeta
E nada além do que já poderia
Trazer alguma forma de alegria
Deveras coração não tendo meta

Pudera ter a boca predileta
E nela um grande amor se fantasia,
Além do que se vê, melancolia,
Entendo esta ilusão que me completa.

Servir a quem se torna amo e senhor,
Não posso desfazer qualquer temor
Que ainda qual fornalha me alimenta,

A sede de sentir tua presença,
É tudo o que deveras recompensa
A vida que se fez tão violenta.