terça-feira, fevereiro 02, 2010

24068

Nas turvas águas busco algum reflexo
E nada simplesmente se apresenta
Aonde a noite surge e forte venta
O tempo me tomando todo o nexo,

Aonde se pudera ser complexo
Veria meu amor, quanto apascenta
A sorte se não fosse tal tormenta
Deixando nosso canto em vão anexo.

Espreito da varanda a lua cheia
Viola que deveras já ponteia
Cirandas do passado me tocando,

À beira deste abismo, um precipício,
O mundo se transforma em podre vício
E o quanto outrora quis somente quando.