quarta-feira, fevereiro 03, 2010

24080

Venenos que me deste em raras taças
Nos cristalinos sonhos nada além
Do quanto este vazio já contém
Destino que deveras nulo; traças.

Aonde se pensara em luas, praças
Apenas solidão; procuro alguém
E sei que na verdade nada vem
Somente a frialdade em vãs desgraças;

Convulsas emoções, o amor nos dita
Mas quando a sorte é vã, torpe e maldita
O que me move então? Louca esperança.

Ardendo no meu peito o saber que
O instante que se espera não se vê
Olha ao infinito, o amor me lança...