24113
Arrulha esta ilusão, pombo correio
Dizendo do passado, escondo agora
O quanto não virá e sem demora,
Não posso mais conter sequer o anseio,
Dizendo desde sempre ao que não veio,
A sorte noutras cores se decora
E quando a poesia vai embora
Não tendo quase nada, tosco esteio,
Agarro-me ao que resta e sei tão frágil
O que se outrora fora bem mais ágil
Demonstra tão somente no naufrágio
O beijo ardente e tolo da esperança,
Aonde quis viver, vejo a vingança
Cobrando com a vida, um imenso ágio...
Dizendo do passado, escondo agora
O quanto não virá e sem demora,
Não posso mais conter sequer o anseio,
Dizendo desde sempre ao que não veio,
A sorte noutras cores se decora
E quando a poesia vai embora
Não tendo quase nada, tosco esteio,
Agarro-me ao que resta e sei tão frágil
O que se outrora fora bem mais ágil
Demonstra tão somente no naufrágio
O beijo ardente e tolo da esperança,
Aonde quis viver, vejo a vingança
Cobrando com a vida, um imenso ágio...
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