sexta-feira, fevereiro 05, 2010

24211

Beirando o precipício, um vão tamanho
Aonde se mostrara a minha face,
Por onde uma esperança tola passe,
Não vejo mais sequer chance de ganho,
E quando no vazio eu já me entranho,
O quadro se tomando em tal impasse,
Nem mesmo que se mostre o que me embace
Deveras este jogo diz antanho.
Estranhas formações, crateras, vales,
E quando me permites nada fales
Esqueça o que se fez em rastro e sol,
Medonha virulência em cada frase
Sem ter qualquer coluna que me embase
A amiga solidão, luz e farol.