sexta-feira, fevereiro 05, 2010

24205

Os medos entranhados em minha alma
Apesar de poder crer que inda exista
Ao menos percebera alguma pista
De um tempo que deveras já me acalma
E deixo para trás o sonho e o trauma,
A escória do que fui – mero – persista
E mesmo que a verdade não assista
O coração traduz pérfida calma
Escombros de um fantoche que se teima
Vencido há tanto tempo em dissabores
E quando o vão que resta tu repores
Verás que não valeu algum esforço,
E tento ao fim da tarde um raro brilho
E neste vão imenso que ora trilho
O quanto me restara já destorço...