sexta-feira, fevereiro 05, 2010

24200

A vida que pensara em apogeu,
Desfiladeiros tantos; já não posso
Apenas do passado algum destroço
Vivendo o que deveras vão, perdeu,
O céu se mergulhando em pleno breu
Desdita a cada instante mais endosso
E vejo a solidão na dor em empoço
E faço do viver, meu perigeu.
Apesar dos pesares prezo a sorte
Que mesmo não trazendo o que conforte
Aguarda este desfecho, vorazmente
Nos gêiseres de uma alma efervescente
O quando se mostrara em rito e morte,
Traçando este final que me atormente...