sexta-feira, fevereiro 05, 2010

24194

Fantasma do que fui, simples destroço
O vasto descaminho feito em mágoa
No quanto, novo rumo já deságua
A sorte se moldando, eu não remoço.
Além do que talvez pudera; ou posso,
A lua se derrama, imensa frágua
Lacrimejo salgando vida e água
Enquanto a fantasia em vão, acosso.
Avermelhado sol que me banhasse,
O tempo se mostrando em tal impasse
Passando sem deixar sequer momentos
Aonde poderia ter ao menos
Os doces pensamentos mais serenos
Neles, acalentando os desalentos...