sábado, fevereiro 06, 2010

24249

De tudo o que mais crês sou simulacro
Da vasta e mais cruel incoerência
Se eu tenho em minhas mãos, mera potência
Os olhos à verdade então eu lacro.
Aonde imaginara puro e sacro,
Mentira se desnuda então; convence-a,
Embora reconheça t’a inocência
Acrosófico olhar do micro ao macro?
Ao expor a nudez de quem não crê
E sendo assim não tendo nem por que
Tentar continuar em marcha lenta
O que se fez em dúvida; um cometa?
Por mais que no vazio eu me arremeta,
Uma esperança ainda é o que me alenta...