sábado, fevereiro 06, 2010

24243

Aturdido, imagino uma esperança
Que possa desta fúria trazer paz
Sabendo desde já não ser capaz
A voz sobre o vazio então se lança
O corte se aprofunda, a dor avança
E tudo parecendo pertinaz
Até o gargalhar cruel; mordaz
Que a cada novo tempo chega e alcança
O velho coração de um marinheiro
Cansado de lutar contra as procelas
E quando a realidade, me revelas
E desta intempérie eu já me inteiro
Percebo o meu valor, um simples nada,
Uma alma pelo corpo abandonada...