sexta-feira, fevereiro 05, 2010

24237

Veremos entre os últimos fulgores
As luzes da explosão? Ou nada além
Do quanto em morte ainda nos convém
Negando as alvoradas e os albores,
E quando em descaminhos inda fores
Buscando no final, espinhos, vêm
Tomando a tua senda o que detém
O passo; vão inverno e seus rigores.
Heréticos pudores entre os vermes
E os seres já pensantes, mas inermes
Deitando sobre as pedras, pregos, farpas,
E além neste horizonte em luzes fartas,
Satã do qual; em sonhos, não apartas
Subindo altas montanhas, nas escarpas...