sexta-feira, fevereiro 05, 2010

24228

Depois de perder tempo com bobagem
Agora me desnudo em verso e faço
Do quanto se perdera sem compasso
Além do que diverge esta paisagem,
Houvera no passado uma miragem
Que quando se aproxima já desfaço
E sigo com certeza cada traço,
Mesquinharia é pura sacanagem.
Serviço se mal feito tem quem note,
Por isso é que a serpente dá seu bote
Veneno não se cansa de mostrar,
A boca que escancara-se banguela
Apenas o vazio já revela,
E nele nem estrelas, nem luar.