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Quem toma os meus sentidos e naufraga
Os sonhos de um estúpido poeta,
Enquanto uma esperança esta alma veta
Apenas solidão ainda afaga
Na boca do vazio, imensa draga
Que trama a morte em vida, fria meta
De quem ao se entregar não se completa
Na mão de quem amara vê a adaga.
E sabe muito bem que nada após
Terá e ao mesmo instante seduzido
Tomada pela insânia da libido
Já não consegue mais soltar a voz,
O quanto na verdade sobrevivo,
Um verme quase morto, inexpressivo.
Os sonhos de um estúpido poeta,
Enquanto uma esperança esta alma veta
Apenas solidão ainda afaga
Na boca do vazio, imensa draga
Que trama a morte em vida, fria meta
De quem ao se entregar não se completa
Na mão de quem amara vê a adaga.
E sabe muito bem que nada após
Terá e ao mesmo instante seduzido
Tomada pela insânia da libido
Já não consegue mais soltar a voz,
O quanto na verdade sobrevivo,
Um verme quase morto, inexpressivo.
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