domingo, fevereiro 07, 2010

24353

Estrelas a brilhar em noite estranha
Aonde se percebe a dor e o vento
Tramando muito além do sentimento
A cada vez que a vejo mais entranha.
Seria como ter desta montanha
Imensidade plena, e me atormento
Vivendo sem sequer saber se inda freqüento
O pensamento teu, teu rumo e sanha.
Aos poucos se nublando relampeja
A fúria da Natura, ora sobeja
Demonstra-se nos raios e trovões
Volúpia em temporais e fogaréus
A lua se escondendo sobre os véus
Espalha-se acolá, nos meus sertões.