segunda-feira, fevereiro 08, 2010

24380

Senhor; peço perdão pelos meus ais
Não posso me calar perante o quanto
A realidade traz tal desencanto
Por onde tantas luzes; derramais
Ser-vos-ei servil e nada mais
Além do que deveras hoje canto
Traria na verdade a dor e o pranto,
A quem dos simples lodo; transformais.
Espero alguma paz e mansidão,
Mas sei que as forças torpes se oporão
E dum porão eterno e tão sombrio
Percebo o cadafalso preparado
Aonde imaginara abençoado
Mundo que em versos frágeis desafio.