segunda-feira, fevereiro 08, 2010

24385

Trazias nas sandálias a poeira
Deste infinito termo em que puseste
Ascendo à maravilha feita em peste
Embora uma alma turva não se queira.
A sorte das algemas, mensageira
Expressando a dureza do cipreste,
O quão a melodia é vã e agreste
Tropeço na verdade, ribanceira.

Esgoto o linguajar falando a esmo
Repito esta ilusão e me ensimesmo
Mudando vez em quando a ladainha
Servindo de alimária a quem se dera
Matando docemente a minha fera,
O mundo noutro tanto, desalinha.