quarta-feira, fevereiro 10, 2010

24502

Vivemos deste sonho em mocidade,
O amor que nos transforma em fogo e fúria
Aonde se mostrara qual incúria
Desanda o tanto quanto desagrade,
Pudesse ter nas mãos felicidade
A vida não seria esta lamúria
A sorte se moldando em paz. Procure-a,
Verás o quão se mostra em inverdade.
Não tendo mais caminhos, sigo arisco
As ilusões; deveras, já confisco
E tramo outra vereda mais suave;
Porém nas redes toscas da paixão
Os dias entre brumas nascerão
Minha alma em suas sendas tome e lave.