quinta-feira, fevereiro 11, 2010

24584

Encontram nos teus braços bens profanos
E deles já se espalha engodo e dor,
Orgásticos caminhos tão mundanos
Transcendem ao jardim, sonegam flor,
E deles se adivinha com pavor
Os pálidos e sórdidos enganos
E a cada novo passo, o decompor
Causando tão somente custos, danos.
Ecléticos prazeres, noite em gala,
E quando a poesia já se cala
Deixando tão somente se antever
A morte de um romântico luar,
A vida se transforma em lupanar
Reinando sobre nós fúria e prazer.