sexta-feira, fevereiro 12, 2010

24629

Encharco meu amor, cálice, vinho
E quanto mais eu bebo e me inebrio
Aceito a cada instante um desafio
E neste mundo insano já me aninho.
Não quero nem por isso ser daninho
Descendo mansamente qualquer rio
Até que a foz se houver senão eu crio
Deixando a cachoeira e o burburinho.
Assentando a poeira desta vida
Abrindo vez em quando esta guarida
Escrevo quando quero o que bem sonho
E sendo assim um simples repentista
Visão que se pretende futurista
As sombras do passado eu recomponho.