domingo, fevereiro 14, 2010

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Servindo de alimento aos frios vermes,
Apenas refazendo a mesma história
E nela com certeza esta vitória
Mostrada em cenas frias, peles, dermes.
Esgoto a minha vida em vãos inermes
E deles renascendo sem vanglória
Voltando qual a fênix nova escória
Refeito em intestinos, epidermes,
Esta excrescência eterna; que ora orgânica
Agônica presença que mecânica
Ainda deambula, pensa e fala
Depois de certo tempo se extasia
Na larva traduzida em agonia
Deitando este cadáver nesta sala.