domingo, fevereiro 14, 2010

24809

No céu em derradeira voz, um brado
Esboça a reação que não virá,
O fogo incoercível queimará,
Deixando qualquer sonho no passado,
Um anjo demoníaco mostrado
No etéreo neste instante tomará
As rédeas do poder e desde já
O mundo num segundo destroçado,
E quem se fez Amor puro e perdão,
Sabendo da total escuridão
Ainda se lamenta e assim deplora
A tosca criatura que criara
Do lamaçal espúrio, jóia rara
Que, fera dentre as feras se devora.