quinta-feira, fevereiro 18, 2010

25051

E há tanto sem querer quase perdi
As minhas esperanças sem remédio
E quando se espalhara o antigo tédio
O todo num instante eu esqueci,

Assíduo companheiro da esperança
Poeta muitas vezes só se engana
E quando a noite chega quase insana
O olhar sobre o vazio, ainda lança.

E tendo em suas mãos dons tão diversos
Usando da palavra, arma sutil
Que muitas vezes mesmo destruiu,
Mostrando este poder que têm os versos,

E sendo sempre assim, sonho e verdade,
Por mais que muitas vezes desagrade.