quinta-feira, fevereiro 18, 2010

25042

Fazíamos da noite, uma refém
Enquanto desfilávamos o sonho
Momento do passado tão risonho
O tempo isso destrói e nada vem

Somente as velhas sombras que contém
O traço mais atroz, frio e medonho,
E quando em novo tempo recomponho,
Olhando para os lados, mas ninguém.

Assim as minhas noites são iguais,
Aonde se quiseram magistrais
Banais e repetidas num marasmo

Que chega a maltratar pelo não ser,
Ausente da esperança e do prazer,
Revejo o mesmo nada, quieto e pasmo.