sexta-feira, fevereiro 19, 2010

25104

Ardendo em febre e quase entorpecido,
Heréticos demônios me acompanham
Espaços, pouco a pouco, vêm e ganham
Do corpo há muito tempo esvanecido,

Empedernidas rotas, voz sombria
Arquétipos de sátiros fantasmas
As horas em silêncio, vagas, pasmas,
No olhar enlouquecido, uma agonia.

Olhando para trás percebo a causa
Das pútridas veredas que ora entranho,
Um ser se decompondo, vão e estranho,
Inútil meu lamento, peço pausa

Mas tudo se acelera e dos destroços
Só restarão cabelos, sombras e ossos.