sexta-feira, fevereiro 19, 2010

25108

Na milenária dor hereditária
Carrego em convulsões os meus demônios,
Quais fossem realmente patrimônios
Entranhados em mim qual alimária

Vestindo esta macabra fantasia
Edênicos caminhos desconheço,
E quando me perguntam o endereço
Satânica resposta já se urdia

Surgindo dos meus ermos, fartas brumas
Rendendo as homenagens a Satã
A vida se resume neste afã
Deveras, companheira, ora te esfumas

E seguimos nos pântanos o caminho
Enquanto nos escombros eu me aninho.