sábado, fevereiro 20, 2010

25203

Nos mares onde outrora navegara
Buscando a calmaria que inconstante
Trazia a embarcação sempre adiante
Do tempo em noite imensa e lua clara.

Um perecível sonho, fragilmente
Exposto aos vendavais não resistira
E quando só restara simples tira
A vida sem pudores volta e mente

Dizendo ao velho andejo marinheiro
Que tudo continua como outrora
Naufrágio com certeza não demora,
E o canto se tornando o derradeiro

Desmancha qualquer forma de esperança
Enquanto à morte a sorte já se lança.