segunda-feira, março 08, 2010

25559

O dia renascendo, iluminado,
Seria uma notícia prazerosa,
Mas quando não se vê sequer a rosa
O que farei do velho e agreste prado?

O peso em minhas costas demonstrado
Em noites claras traz a caprichosa
Verdade onde o prazer já nem mais goza,
E o templo que criei desmoronado.

Procuro pelas ruas o esmoler
Sabendo aceitarei o que vier
Esfaimado pedinte sem paragem.

E tendo no horizonte um sol vazio,
O estúpido caminho ora desfio,
Nublando dentro em mim tal paisagem...