segunda-feira, março 08, 2010

25560

Eu posso te tocar, sentir teu cheiro;
Mas se equivale ao que pensara,
Desvio o rio em foz diversa e clara
E quando me percebo só me esgueiro.

Estranho o descaminho e vou ligeiro
Numa ânsia sem igual a alma declara
O medo que este olhar torpe escancara
Diverso do meu mundo corriqueiro.

E beijo em meus destinos, descalabros,
Altares sem sequer os candelabros
Desabo e percebendo tais ruínas

Ainda te gargalhas e ironia
É tudo o que deveras anuncia
Tua alma. Mesmo assim tu me dominas...