DOS NOSSO PECADOS
O treinador da equipe de tênis do Iraque e dois tenistas foram assassinados a tiros nesta quinta-feira em Bagdá, anunciou o Comitê Olímpico Iraquiano (COI). De acordo com testemunhas, os três homens foram assassinados porque usavam shorts. "Homens armados assassinaram o treinador Ahmed Rashid e dois tenistas, Nasser Ali Hatem e Wissam Adel Odah, na tarde desta quinta-feira no distrito de Saidiya (Bagdá)", disse Amer Jabar, secretário-geral do COI. Poucos dias antes do crime, um grupo militante sunita havia feito uma advertência e proibira o uso dos shorts. No dia 25 de fevereiro, o ex-campeão de boxe iraquiano Jasseb Rahma foi assassinado a tiros diante da família na cidade de Basra.
da France Presse, em Bagdá
É essa a realidade de um povo entregue ao descontrole absoluto, um povo em evidente situação de desgoverno, de indefinições, refém de vários grupos guerrilheiros, vindos de todos os lados, interna e externamente, colocado sob o signo do caos.
Pode nos parecer estranho e, até insano , o motivo desses assassinatos, mas devemos analisar alguns fatos antes de pré-julgarmos.
A violência iraquiana é fruto de vários “choques”: religiosos, culturais, econômicos, de governos e desgovernos tantos quanto forem os grupos existentes; isso sob o massacre diário de um exército estrangeiro sem nenhum vínculo com o seu povo.
Essa dominação externa e interna dá a dimensão do quanto é grave e insana qualquer tentativa de se intervir no equilíbrio, mesmo que possa nos parecer cruel, de um povo.
As ações desastradas do Império Americano sobre o povo iraquiano, primeiramente levando ao poder um sunita por medo dos xiitas, para depois derrubá-lo com o apoio dos xiitas, aos quais tenta inibir, de todas as formas, no vizinho Irã, demonstram onde o tresloucado presidente americano foi se meter.
A cada ação do Exército americano, aumentam os rancores e os ódios fomentados por um desequilíbrio absoluto.
Não se pode imaginar em um final para essa Guerra, a não ser a Guerra Civil sangrenta e catastrófica que virá após a inevitável retirada das tropas americanas do Iraque.
Essa medida causará uma terrível carnificina que, ao contrário do que possamos pensar, reequilibrará as diversas forças iraquianas.
Sua multicultura e seus traços extremistas são visíveis a todos, menos ao Governo Americano, cujo pensamento e é o mais representativo do povo norte-americano, torna Deus norte americano e seu povo, os Cavaleiros andantes contemporâneos.
Seria bom se Cervantes fosse mais conhecido por lá ou, pelo menos mais lido e compreendido.
“O que é bom para os Estados Unidos é bom para a humanidade”, essa afirmativa, além de bisonha é criminosa.
O desrespeito aos povos tem efeito tão devastador quanto o desrespeito ao equilíbrio de qualquer ecossistema, sendo que as reações humanas são devastadoras e mais imediatas.
As identidades entre os povos ocidentais e os radicais do Oriente são, por completo, desconhecidas pelos donos do poder e contraditórias.
Um assassinato por causa de um short é tão estranho a nós, como o desrespeito com que tratamos a natureza espanta os nossos indígenas menos aculturados.
Agora, se traçarmos um paralelo entre essa realidade e a nossa, não temos muito do que nos orgulharmos não.
Recordo-me o assassinato, na cadeira elétrica de um dos maiores defensores da dignidade humana, nos EUA, mostrando pelas mãos do abjeto Governador da Califórnia, que o perdão é simplesmente figura de retórica para o “cristianismo” norte-americano.
Outras vezes me vêm à lembrança as imagens dos prisioneiros iraquianos, humilhados de forma animalesca pelos mesmos “senhores” de Cristo.
Os massacres dos indígenas na colonização do solo americano, além da imagem do terrorista enjaulado para exposição pública patrocinada pelo criminoso ex-presidente peruano.
A imagem do assassino em série chileno, com a indecente ajuda do seu médico, saindo “doente” e andando para asco de quem ama a liberdade e a verdade.
Outra coisa que me traz essa realidade iraquiana é o aplauso de parte de nós, brasileiros, aos assassinatos em série, as chacinas sem julgamento, ou a revelia cometidas nesse país.
Seja no Carandiru,, nas ruas paulistas, em Vigário Geral, na Candelária, em Carajás, todos os dias, em nossa História.
Até que ponto o assassinato causado em nome de Deus, de shorts tem e quais são as diferenças para esses nossos pecados?
da France Presse, em Bagdá
É essa a realidade de um povo entregue ao descontrole absoluto, um povo em evidente situação de desgoverno, de indefinições, refém de vários grupos guerrilheiros, vindos de todos os lados, interna e externamente, colocado sob o signo do caos.
Pode nos parecer estranho e, até insano , o motivo desses assassinatos, mas devemos analisar alguns fatos antes de pré-julgarmos.
A violência iraquiana é fruto de vários “choques”: religiosos, culturais, econômicos, de governos e desgovernos tantos quanto forem os grupos existentes; isso sob o massacre diário de um exército estrangeiro sem nenhum vínculo com o seu povo.
Essa dominação externa e interna dá a dimensão do quanto é grave e insana qualquer tentativa de se intervir no equilíbrio, mesmo que possa nos parecer cruel, de um povo.
As ações desastradas do Império Americano sobre o povo iraquiano, primeiramente levando ao poder um sunita por medo dos xiitas, para depois derrubá-lo com o apoio dos xiitas, aos quais tenta inibir, de todas as formas, no vizinho Irã, demonstram onde o tresloucado presidente americano foi se meter.
A cada ação do Exército americano, aumentam os rancores e os ódios fomentados por um desequilíbrio absoluto.
Não se pode imaginar em um final para essa Guerra, a não ser a Guerra Civil sangrenta e catastrófica que virá após a inevitável retirada das tropas americanas do Iraque.
Essa medida causará uma terrível carnificina que, ao contrário do que possamos pensar, reequilibrará as diversas forças iraquianas.
Sua multicultura e seus traços extremistas são visíveis a todos, menos ao Governo Americano, cujo pensamento e é o mais representativo do povo norte-americano, torna Deus norte americano e seu povo, os Cavaleiros andantes contemporâneos.
Seria bom se Cervantes fosse mais conhecido por lá ou, pelo menos mais lido e compreendido.
“O que é bom para os Estados Unidos é bom para a humanidade”, essa afirmativa, além de bisonha é criminosa.
O desrespeito aos povos tem efeito tão devastador quanto o desrespeito ao equilíbrio de qualquer ecossistema, sendo que as reações humanas são devastadoras e mais imediatas.
As identidades entre os povos ocidentais e os radicais do Oriente são, por completo, desconhecidas pelos donos do poder e contraditórias.
Um assassinato por causa de um short é tão estranho a nós, como o desrespeito com que tratamos a natureza espanta os nossos indígenas menos aculturados.
Agora, se traçarmos um paralelo entre essa realidade e a nossa, não temos muito do que nos orgulharmos não.
Recordo-me o assassinato, na cadeira elétrica de um dos maiores defensores da dignidade humana, nos EUA, mostrando pelas mãos do abjeto Governador da Califórnia, que o perdão é simplesmente figura de retórica para o “cristianismo” norte-americano.
Outras vezes me vêm à lembrança as imagens dos prisioneiros iraquianos, humilhados de forma animalesca pelos mesmos “senhores” de Cristo.
Os massacres dos indígenas na colonização do solo americano, além da imagem do terrorista enjaulado para exposição pública patrocinada pelo criminoso ex-presidente peruano.
A imagem do assassino em série chileno, com a indecente ajuda do seu médico, saindo “doente” e andando para asco de quem ama a liberdade e a verdade.
Outra coisa que me traz essa realidade iraquiana é o aplauso de parte de nós, brasileiros, aos assassinatos em série, as chacinas sem julgamento, ou a revelia cometidas nesse país.
Seja no Carandiru,, nas ruas paulistas, em Vigário Geral, na Candelária, em Carajás, todos os dias, em nossa História.
Até que ponto o assassinato causado em nome de Deus, de shorts tem e quais são as diferenças para esses nossos pecados?
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