DO DIA EM QUE MOBUTO QUASE FOI PARAR NO FLUMINENSE
Nesta época de Copa do Mundo, me lembro da copa de 1974. O futebol mundial estava encantado com a seleção holandesa e a seleção Brasileira que vinha de um excelente time em 1970, acomodara-se e, com excesso de auto-suficiência não se preparou muito bem para enfrentar os europeus, principalmente os holandeses e os poloneses.
Na primeira fase, tivemos dois jogos muito ruins contra a Iugoslávia e a Escócia, devidamente empatados com placar oxo, como dizia um comentarista paulistano à época.
No Brasil, vivíamos uma das mais difíceis fases da ditadura militar, sob o governo do “pastor alemão” Geisel.
E, como a Copa de 74 foi a primeira com transmissão totalmente colorida, íamos ver os jogos na casa do meu tio Celso, um dos poucos proprietários de televisão a cores. Produto extremamente raro e caro naqueles tempos de exceção.
Um dos adversários do Brasil era o Zaire, país famoso pela ditadura violenta e tão ou mais cruel do que a nossa.
O Brasil teria que ganhar com mais de dois gols de diferença, o que conseguiu graças a um gol “espírita” de Valdomiro, ponta direita do Internacional de Porto Alegre.
Recordo-me de meu pai conversando com o meu tio, após o jogo, sobre a situação política do ex – Congo Belga, e sobre seu ditador, Mobuto.
Sanguinário e cruel era sinônimo de despotismo e de desrespeito aos direitos humanos.
Francisco Malhado era um “pseudo intelectual”, tão comum naqueles tempos quanto hoje. Militarista ao extremo, acreditava que meu pai fosse subversivo e, portanto, persona non grata ao país e à sociedade.
Ao se aproximar dos palestrantes, Francisco sutilmente silenciou-se e, ouvidos atentos quis captar sobre o que falavam.
A conversa girava sobre política internacional, como dito, e comparavam ambas as ditaduras, a brasileira e a do Zaire.
Porém Francisco chegou na hora exata em que criticavam Mobuto, do Zaire.
Ao que Francisco, prontamente reagiu:
- Não concordo com vocês não, esse tal de Mobuto ainda é o que se salva nesse time, pra falar a verdade eu bem queria que ele fosse o lateral esquerdo do meu amado Fluminense!
Na primeira fase, tivemos dois jogos muito ruins contra a Iugoslávia e a Escócia, devidamente empatados com placar oxo, como dizia um comentarista paulistano à época.
No Brasil, vivíamos uma das mais difíceis fases da ditadura militar, sob o governo do “pastor alemão” Geisel.
E, como a Copa de 74 foi a primeira com transmissão totalmente colorida, íamos ver os jogos na casa do meu tio Celso, um dos poucos proprietários de televisão a cores. Produto extremamente raro e caro naqueles tempos de exceção.
Um dos adversários do Brasil era o Zaire, país famoso pela ditadura violenta e tão ou mais cruel do que a nossa.
O Brasil teria que ganhar com mais de dois gols de diferença, o que conseguiu graças a um gol “espírita” de Valdomiro, ponta direita do Internacional de Porto Alegre.
Recordo-me de meu pai conversando com o meu tio, após o jogo, sobre a situação política do ex – Congo Belga, e sobre seu ditador, Mobuto.
Sanguinário e cruel era sinônimo de despotismo e de desrespeito aos direitos humanos.
Francisco Malhado era um “pseudo intelectual”, tão comum naqueles tempos quanto hoje. Militarista ao extremo, acreditava que meu pai fosse subversivo e, portanto, persona non grata ao país e à sociedade.
Ao se aproximar dos palestrantes, Francisco sutilmente silenciou-se e, ouvidos atentos quis captar sobre o que falavam.
A conversa girava sobre política internacional, como dito, e comparavam ambas as ditaduras, a brasileira e a do Zaire.
Porém Francisco chegou na hora exata em que criticavam Mobuto, do Zaire.
Ao que Francisco, prontamente reagiu:
- Não concordo com vocês não, esse tal de Mobuto ainda é o que se salva nesse time, pra falar a verdade eu bem queria que ele fosse o lateral esquerdo do meu amado Fluminense!
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