sábado, agosto 19, 2006

A solidão é fera e me devora

A solidão é fera e me devora,
Não permite meus passos sem temor,
Trazendo essas angústias que, d’outrora
Foram as companheiras dessa dor...

O tempo vagaroso, faz d’agora,
Em lágrimas vertidas, carpidor.
Minh’alma sem destino, vaga, chora...
Sozinho, penitente, mal d’amor...

A solidão, tempero do meu karma,
É fustigante como um maremoto,
Quem dera não saber da medonha arma;

Seus olhos se repetem, cada foto,
Pois, só tua presença é que desarma
A dor fatal da fera em que me emboto...