Soneto com estrambote - Pinguim
Vem andando de fraque, tão solene,
Com passos chaplianos, faz sucesso.
Eu bem sei que, nadando, teu progresso
É maior. Faz que o corpo todo empene,
Por meio dessas asas que, confesso,
Surpreendem. Sugere que m’acene
Quando sei, na verdade se te peço,
Dirás nada, por certo, tutto bene...
Vez em quando, resolves passear.
Umas férias mereces, estou certo.
Mas teimoso, nadando sem parar,
Tu não queres ficar aí, nem perto.
Nas praias cariocas, tanto mar...
Que fazer? Viajar no mar aberto..
Cansado então, do passeio,
Vens bater na minha praia,
És teimoso sim, bem creio
Que tu queres é gandaia...
Não tem outro jeito não...
Na volta, vais d’avião...
Com passos chaplianos, faz sucesso.
Eu bem sei que, nadando, teu progresso
É maior. Faz que o corpo todo empene,
Por meio dessas asas que, confesso,
Surpreendem. Sugere que m’acene
Quando sei, na verdade se te peço,
Dirás nada, por certo, tutto bene...
Vez em quando, resolves passear.
Umas férias mereces, estou certo.
Mas teimoso, nadando sem parar,
Tu não queres ficar aí, nem perto.
Nas praias cariocas, tanto mar...
Que fazer? Viajar no mar aberto..
Cansado então, do passeio,
Vens bater na minha praia,
És teimoso sim, bem creio
Que tu queres é gandaia...
Não tem outro jeito não...
Na volta, vais d’avião...
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