domingo, agosto 06, 2006

Soneto

Eu queria saber onde te vejo,
Em que mundo estarás, depois de tudo.
Te rever, novamente, é meu desejo.
Disso preciso tanto; senão, mudo,

Me restará somente, esse lampejo
Do que fora tão forte mas, contudo
Será somente como relampejo
Que percorreu meu céu, mas não me iludo.

Nem sei teu nome, nunca desejara,
Conhecer teus lábios, sempre bastou,
Mas meu prazer, agora, é coisa rara,

E meu peito ressurge em quem amou,
Necessito saber onde encontrara,
O remanso macio onde deitou...