Soneto
Não quero mais conter esse delírio
Nem quero transformar todo esse pranto
Em serenata louca, meu martírio.
Quero perceber ecos no meu canto;
Eu quero a mansidão brotando o lírio
Na sedução gentil, onde agiganto,
Matando a fome breve, num pão sírio,
Torturado seguindo o desencanto.
Não vou nem sentirei, na tua ausência,
O que restou, no fim, da minh’história.
Nem peço, nem consigo tal clemência;
Da vida, foste encanto, foste glória,
Agora que floresce essa demência,
Meu tempo vai fugindo, da memória.
Nem quero transformar todo esse pranto
Em serenata louca, meu martírio.
Quero perceber ecos no meu canto;
Eu quero a mansidão brotando o lírio
Na sedução gentil, onde agiganto,
Matando a fome breve, num pão sírio,
Torturado seguindo o desencanto.
Não vou nem sentirei, na tua ausência,
O que restou, no fim, da minh’história.
Nem peço, nem consigo tal clemência;
Da vida, foste encanto, foste glória,
Agora que floresce essa demência,
Meu tempo vai fugindo, da memória.
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