domingo, agosto 13, 2006

Trovas

Não serás minha semente,
Pois não aprendi plantar,
Minha vida vai contente,
Tanta luta por lutar.

Amando de tarde e noite,
Consegui sobreviver,
Solidão foi meu açoite,
Foi embora, ao ver você!

Da dama amada da festa,
Nada ajuda a recordar,
A tristeza abriu a fresta;
Essa porta, vou fechar...

Computador que computa,
Computador esqueci,
Computada a força bruta,
Vou computando daqui...

Bocas beijo sem ter nojo
Bocas que riem de mim,
Nessas bocas vou ao bojo,
Bocas vermelho-carmim...

Tens tentado me iludir,
Eu bem sei que isso é verdade,
Tanta vida só por ti,
De falsa felicidade...

Vascaíno, é meu cunhado,
Mas já me deu outra pista,
Vivendo assim, enganado,
Ele é anti-flamenguista...