domingo, agosto 13, 2006

Sextilhas a quatro mãos Marcos Loures e ZF Marques

Nessa curva da saudade,
Encontrei meu bem querer,
Procurei felicidade
A razão para eu viver.
Mas, me deixaste sozinho,
Coração tão miudinho...



Me deixaste a saudade
Quando te dei meu amor
Pagaste com crueldade
Mergulhaste-me na dor
Porque és só vaidade
Peito frio, sem calor



Foste buscar n'outros braços,
Aquilo que eu quis te dar,
Meus olhos ficando baços,
Silêncio no meu cantar.
Me negaste teu anel,
Por que foste tão cruel?


Mas irás buscaf em vão
Procurando sem achar
Quem te dê ao coração
A certeza de amar
Pois quem vive sem paixão
Seu destino é penar


Quis te dar minha amizade,
Nem isso quiseste ter,
Para falar a verdade,
Eu preferia morrer,
A viver sem teu carinho,
Meu coração pobrezinho...


Não entendes sentimento
És apenas carne fria
Espalhando sofrimento
Sem jamais ter alegria
Não terás o meu lamento
Pois me salva a poesia


A vida segue doendo,
Eu, na vida vou tão só,
Na vida, sigo morrendo,
E ninguém, de mim, tem dó.
Quero somente te ver,
Não consigo te esquecer...


Já passei pela tortura
De buscar-te como louco
Vou em busca da ventura
De chamar-te fiquei rouco
Sei que vou achar a cura
Não és mais o meu sufoco



Marcada por essa sina,
Minha vida não tem graça.
Sem saber, és assassina,
Culpada pela desgraça,
Que se abate sobre mim,
Não sabes que és tão ruim...


Gostarias de saber
Que ainda penso em ti
Te apraz o meu sofrer
Tal frieza nunca vi
Consegui te esquecer
O meu peito agora ri



Meu amor, por caridade,
Não me deixe morrer não,
Me mande essa novidade,
Ajude meu coração.
Fale que gosta de mim,
Não me deixe, triste assim...



Podes ir, não voltes mais
Pra bem longe, eu espero
Me esquece, se és capaz
Mas te lembres, não te quero
E na hora maias fugaz
Te desprezo, isto é vero!


Marcos Loures

ZF Marques


13 ago 2006