terça-feira, setembro 12, 2006

Agonia

Tento fugir, fingir quem nada temo;
Noites e manhãs, luzes mais sombrias...
Repare bem, verás quanto vadias
As nossas travessias sem um remo...

Em todos madrigais, louco, blasfemo,
Procuro versejar tais melodias,
Mas nada restará, nem os meus dias...
A vida verterá demônios, demos...

Queria sossegar os meus tormentos,
Queria conseguir meus pensamentos,
Reinando, soberanos...Fantasia...

A vida preparou sua armadilha,
Tantas vezes a noite vem, me pilha;
Abraçando, abnegado, essa agonia...