terça-feira, setembro 12, 2006

Solidão, fiel companheira

Solidão, mar cruel onde navego,
Transito meus segredos e tempestas...
As noites que passei, se foram festas,
Agora morrem luzes, mas sou cego!

Nas tantas tentativas, não me entrego.
As rodas da fortuna, não têm frestas,
Somente a solidão, amiga, restas...
A morte mais bisonha, é o que carrego!

Nas horas mais soturnas, as carícias;
A cusparada cala, tais primícias
São herança d’amor desilusão...

A porta escancarada, fico só.
Nem a morte, fiel, me tem mais dó.
Acolhe-me somente a solidão!!