segunda-feira, setembro 11, 2006

Marinha

Vieste do mar, domas minhas ondas;
Andas sobre corais, és minha nau...
És sonho e pesadelo. Crucial!
Mergulho-te profundo, lanço sondas;

Mas nunca te encontrei. N’outras redondas
Ilhas, atol, no pélago, n’astral;
Procuro por teus passos, nem sinal...
Nas horas mais difíceis, tuas rondas.

Os braços, cefalópode, m’agarras,
Prendendo sem saída em tuas garras.
Sufoca-me, rasgando inteiramente.

As âncoras perdi, cadê meu leme?
A vida qual tsunami, tudo treme.
Verde mar da razão, sigo demente...