segunda-feira, setembro 11, 2006

A morte, solidária companheira,

A morte, solidária companheira,
Ressona, calmamente, no meu quarto...
Cansado, procurando seu retrato,
A vida, esvaindo-se, certeira...

Quem me dera poder saber inteira,
Deitada, descansando, senso lato,
Comendo, desfrutando o mesmo prato...
A morte principal lema e bandeira.

As carícias que peço, sem demora,
O seu manso sorriso, triste embora,
O que resta de tantas tempestades...

Vencido pela atroz lassidão, morro...
Descalço, vou pedindo seu socorro.
Na morte, encontrarei felicidades!